terça-feira, julho 08, 2008
Quando um fungo se instala — em você
Algunsconvidados são aguardados com ansiedade, mas acontece que eu não sou um deles. E, em geral, os convidados fazem questão de não ficarem por mais tempo do que o desejado, mas eu possuo a irritante qualidade de criar raízes, instalando-me indefinidamente em certas pessoas e recusando-me a partir até ser expulso à força. Entre os lugares mais comuns em que me instalo no corpo humano acham-se os pés, em especial entre os artelhos, no couro cabeludo, sob a barba e nas virilhas.Quem sou eu! Sou um fungo. E os problemas que causo receberam diversos apelidos — sapinho, tinha e frieira ou pé-de-atleta são os mais comuns.Na realidade, pertenço à grande família das coisas vivas do reino vegetal conhecida como fungos, muitos de meus “primos” sendo utilíssimos à espécie humana. Entre meus parentes acham-se os cogumelos comestíveis, tão queridos dos mestres-cucas e dos gastrônomos, bem como os fermentos dos padeiros e dos cervejeiros. Outros de nossa família são responsáveis pelo queijo azul e pelo queijo Roquefort.E não se deve desperceber o papel que alguns membros de nossa família têm na forma de antibióticos. Quem não ouviu falar do bem realizado pela penicilina, em resultado da qual muitas pessoas hoje sobrevivem à pneumonia e outras moléstias que, em tempos passados, tão amiúde resultavam fatais! Mas, quanto a mim mesmo, muito embora faça o máximo para me aproximar das pessoas, de alguma forma minha amabilidade não parece ser apreciada.Nós, da família dos fungos, diferimos da vegetação comum no sentido de que não contemos clorofila. Portanto, não podemos fabricar nosso próprio alimento do sol e do solo, como fazem a maioria das plantas. Ao invés, mantemo-nos vivos por nos alimentar de matéria orgânica. A maioria de nós se alimenta de matéria viva, razão pela qual somos classificados como parasitas, mas alguns de nós também subsistem de matéria orgânica morta. Tem-nos visto crescer no pão velho ou no queijo, ou como mofo em armários úmidos, ou como carvão ou ferrugem do milho ou trigo.Achamos mui agradável viver o ano todo em áreas tépidas e úmidas tais como a Flórida, o Havaí, o Pacífico Sul e outras áreas tropicais semelhantes. Alguns de nós também pululamos em zonas temperadas, durante os meses quentes do verão, quando a atividade estrênua nos esportes de um tipo ou de outro tende a saturar as pregas da pele de umidade e tornar a pele encharcada e suscetível à nossa reprodução.Podemos crescer quase em toda parte da areia ou do solo, uma vez que haja nutrientes; e, quando anda descalço pelas praias ou piscinas, faz-nos um convite aberto de entrarmos e nos alojarmos em você. Faz isso também quando usa roupas que já foram antes usadas por alguém com quem já tenhamos residido.Devido à natureza das lesões que causamos, chegamos a ser conhecidos como tinhas, mas esse é ignóbil conceito errado. E, ao passo que, via de regra, não somos nada mais do que irritante amolação, às vezes obrigamos as pessoas a ficar acamadas e há alguns de nossa família imediata que são extremamente maus e podem até matar seu hospedeiro.Prevenção e ExtirpaçãoA essa altura já deve estar pensando que não há meio de evitar que nos instalemos em você. Mas, não se desespere. Talvez se surpreenda de saber que cerca de 75 por cento da população mundial nasce com imunidade natural ou resistência inata a nós, de modo que, não importa quanto tentemos, simplesmente não conseguimos entrar. Por causa desse fator imunitário, é comum vermos um marido com pé-de-atleta, ao passo que os outros de sua família jamais o contraem. Os nascidos sem tal imunidade talvez, sem querer, permitam que consigamos um ponto de apoio em seus sapatos por meio de ocasional exposição ambiental. Mas, para os indivíduos suscetíveis, tenho alguns conselhos bons.Como mencionei antes, com freqüência nos convida a entrar. Poderá evitar isso por não andar descalço em lugares públicos, tais como nos locais de veraneio. Use sandálias ao utilizar chuveiros públicos, bem como ao entrar e sair de tais chuveiros. Se não tiver sandálias, por acaso, coloque uma toalha no chão do box do chuveiro. Evite usar roupas já usadas por outros. Reduza os problemas de transpiração nos pés por passar a usar meias de lã ou algodão, ao invés das de fibras sintéticas. Reduza a transpiração nas virilhas por usar cuecas tipo short, ao invés dos do tipo jóquei, e roupas de baixo de algodão, ao invés das de náilon. Enxugue bem todas as partes úmidas do corpo depois do banho, em especial entre os dedos e artelhos e as pregas da pele. Se seus pés transpirarem muito, aplique talco para os pés pela manhã, ou aplique talco para bebê nas outras áreas úmidas, mas certifique-se de não usar um talco que contenha goma. Evite usar roupas de baixo muito justas e não coce as partes atingidas; poderá espalhar a infecção para outras partes do corpo.No caso de infecção nas axilas, talvez seja de ajuda raspar semanalmente a área afetada. No entanto, a ênfase básica tanto na prevenção como na cura é manter a pele LIMPA e SECA. Nós, os fungos, podemos sobreviver apenas numa superfície úmida da pele.Hoje existem muitos remédios tanto para controlar como para extirpar-nos. अल्गुंस desses se derivam de ácidos gordurosos não-irritantes, que podem ser incorporados em líquidos, ungüentos ou talcos. Simples remédio caseiro que alguns acharam eficaz é uma colher de mesa de bórax num litro de água tépida em que se mergulham as mãos e os pés. Talvez seja, de ajuda mergulhar também as meias e roupas de baixo em uma solução de uma xícara de bórax para um balde de água. Uma xícara de bórax em sua água de lavar roupa a cada duas semanas talvez ajude a impedir a nossa volta.Para se livrar de nós, da clã dos fungos, jamais pendure suas roupas de baixo para secar em banheiros úmidos. Se não tiver uma secadora automática, pendure-as ao sol, com o “cavalo” exposto. Também, vire as roupas de banho pelo avesso antes de pendurá-las para secar.Se, apesar de todos esses esforços e precauções, não conseguir livrar-se de nós, então recomendamos que procure ajuda médica. Ainda assim, como certo médico se expressou: ‘As infecções por fungos desafiam a engenhosidade do médico.’ Visto que alguns de nós somos mais difíceis de extirpar do que outros, seu médico talvez, experimentalmente, receite vários tipos de remédios, até que descubra um que dê certo. Talvez até signifique tomar algum tipo de remédio por via oral, e isso de três a seis meses; E, usualmente, mantém-se o tratamento por algum tempo depois de se ter livrado aparentemente de nós. Como sabe, podemos esconder-nos entre as células da pele, esperando apenas outra oportunidade de multiplicar-nos e causar outra erupção. Mas, com toda a ajuda que tem de seu lado, não precisa perder a esperança. Com perseverança conseguirá ver-se ainda livre de nós!conclusão:o melhor remédio é manter bem seca a áreas suscetíveis a frieiras.
posted by Patrícia C. Makiyama @ 7:16 PM  
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